domingo, 28 de abril de 2013

Segunda Divisão do Baianão 2013

Começou neste sábado (27), a disputa para voltar à primeira divisão do futebol baiano. O campeonato da segundona vale duas vagas na elite de 2014. Estão na competição este ano, times tradicionais da capital como Ypiranga e Galícia, além dos clubes do interior como Camaçari, Catuense, Ipitanga, Astro, Colo-Colo, Flamengo de Guanambi, Itabuna e Jequié.

A primeira partida aconteceu às 16h deste sábado, no estádio Dois de Julho, onde o Flamengo de Guanambi venceu o Astro pelo placar de 2 a 0.

Às 17h, no estádio Roberto Santos (Pituaçu), Ypiranga e Ipitanga empataram em 0 a 0. Ainda neste sábado, Jequié venceu Itabuna por 1 a 0 no estadio Luiz Viana Filho. No domingo (28), Galícia venceu Catuense por 3 a 2, no estádio Antônio Carneiro, em Alagoinhas.

O campeonato é dividido em dois grupos com cinco times e os dois melhores de cada grupo farão os jogos das semifinais. Os times que passarem para a grande final já garantem vaga na primeira divisão de 2014.

Professores da Rede Municipal de Mairi deverão receber rateio referente a complementação do FUNDEB/2012‏

O Ministério da Educação irá creditar na conta do FUNDEB de cada município a complementação do Fundo refrrente ao exercício 2012. Mairi receberá  R$ 443.566,02. Desse total, a parcela correspondente à pagamento de pessoal (60%), é de R$ 266.139,61.

Cabe ressaltar ainda que o município poderá ratear, se assim o desejar, o valor total da complementação, como pregava muitas pessoas da oposição em 2012.

O mais plausível, segundo o Vereador Alan, que também é professor, é que 40% desse total (177.426,40), seja aplicado na reforma e ampliação de algumas Unidade de Ensino. Afinal, todos sairiam ganhando, professores, alunos e cominidade escolar.

Em 2012, numa negociação entre a APLB e a Secretaria de Educação, o rateio (60%), fora pago no período junino e, os 40% restantes aplicados na recuperação e reforma das escolas José Fernandes da Silva (Aroeira), escola da fazenda Gato e na creche Manoel Amâncio (Angico).

Ainda segundo Alan, a APLB/Sindicato, núcleo Mairi tem a prerrogativa legal de negociar junto a Secretaria Municipal de Educação a data para o crédito do valor a ser repassado à cada profissional da educação (que receba pelo FUNDEB 60).

Entretanto, como vivemos períodos de extrema retração comercial e aumento da inflação, o ideal é que quanto antes houver essa transferência para a classe, melhor seria para a economia do município como um todo.

Deputada Neusa Cadore visita Associação no povoado dos Barretos‏


Na tarde do último sábado (27), a deputada estadual Neusa Cadore (PT), visitou o povoado dos Barretos, município de Mairi, onde apresentou vários programas do governo do estado que podem ser almejados por associações comunitárias, além de debater sobre os problemas enfrentados pelos produtores rurais da região afetados diretamente pela seca.
Eduardo, presidente da associação dos Barretos
Eduardo, presidente da Associação dos Barretos, disse que foi uma tarde bastante produtiva para a região. "Afinal, não é todo dia que a deputada se disponibiliza a vir a uma comunidade rural ouvir os anseios da mesma", completou.

Os vereadores de Mairi, Alan e Roque, além de Almiro do Mandacarú, município de Baixa Grande, usaram da palavra defendendo o apoio à Deputada Neusa, uma vez que ela, como conhecida da região, poderá facilitar o acesso mais rápido à bêneses que possam atingir toda a micro-região de Aroeira, Bonsucesso e Boa Paz.

Estiveram presentes ao evento representantes das associações da Cepel, Sta. Luzia, Capim Branco, Aroeira, Santa Rita, dentre outras. Também falaram da importância de Neusa para a região, Jurandi, representando o STTR e a Prefeitura e Florisvaldo da Cesta do Povo.
O vereador Alan, disse que a maior queixa da comunidade é referente água. Ele defendeu uma interligação a uma das autoras mais próximas das localidades e disse ser necessário perdoar as dívidas dos nordestinos. “Sabemos do empenho da deputada e por isso acreditamos que ela pode continuar ajudando nossa região”, declarou Alan.

Neusa disse que a política é a arte de cuidar das pessoas, de melhorar a vida de todos. “Estamos aqui fazendo a nossa obrigação, sabemos que há muito a se fazer, mas a realidade já começou a mudar nos nossos municípios”, afirmou. Ela citou os sete mil quilômetros de estradas realizadas pelo governo Wagner, as obras do Água para Todos e do Luz para Todos, entre outros.

Após o evento, as lideranças presentes encaminharam à deputada demandas da região e, todos juntos saborearam um pequeno coquetel oferecido pela associação anfitriã.


quinta-feira, 25 de abril de 2013

Parte do semiárido nordestino se tornará deserto até o final deste século, segundo o Inpe

Efeitos mais agressivos da estiagem estão concentrados na Região Nordeste, onde o Ministério do Meio Ambiente (MMA) já identificou oficialmente quatro núcleos de desertificação.
Estudos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) com base em tendências climáticas revelam que, em 2100, parte do Semiárido brasileiro pode se tornar uma região de deserto. De acordo com o pesquisador do Inpe José Marengo, o aumento da temperatura e a falta de chuva podem ser os principais responsáveis pela aridez na região.

“Em 2050, algumas partes do Semiárido já podem passar a ser áridas. Atualmente chove apenas parte do ano e a precipitação é mal distribuída. No caso da aridez, é quando não há chuva”, explica. Para Marengo, a situação atual do Semiárido é preocupante devido à duração da estiagem. A rigorosa escassez de chuvas pelo segundo ano consecutivo impõe à região a pior seca dos últimos 50 anos, que atinge 1.046 municípios.
“O maior problema é que a população ainda não está adaptada à seca. E o fato não é um fenômeno surpresa, já aconteceu antes. Atualmente a população que sofre com os efeitos da estiagem, abandona seus terrenos no campo e migra para as grandes cidades. Isso pode criar um problema social, a pessoa desesperada por comida faz saques. Ela não quer roubar, só quer comer. O impacto da seca já passou a ser um fenômeno social, político, não apenas meteorológico”.

Os efeitos mais agressivos da estiagem estão concentrados na Região Nordeste, onde o Ministério do Meio Ambiente (MMA) já identificou oficialmente quatro núcleos de desertificação: são 1.340 quilômetros quadrados e aproximadamente 1400 municípios em 11 estados. A área abrange 16% do território brasileiro.
Os núcleos estão localizados na região do Seridó, na Paraíba, onde o fenômeno ocorre devido à falta de manejo da caatinga para atender a pecuária extensiva e a demanda energética; na região de Xingó, que compreende municípios nos estados de Alagoas, Pernambuco, Sergipe e Bahia, a ocorrência se dá devido à irrigação sem critérios técnicos, provocando a salinização dos solos; Na região de Gibões (PI), ocorre uma intensa degradação do solo por processo de mineração inadequado; e na região do Irauçuba (CE), por falta de manejo dos recursos naturais.

De acordo com o pesquisador em geoprocessamento da Embrapa Semiárido, Iêdo Sá, o processo de desertificação é consequência de fatores humanos e climáticos. “O Semiárido tem uma série de condicionantes como clima, solo, água e regime de chuvas que é muito favorável a processos de degradação de ambiente. Associados com práticas inadequadas adotadas pelo homem, às vezes por ignorância, por má-fé ou falta de capital, [provocam a desertificação].

Dentre os fatores humanos, ele destaca o desmatamento, a extração excessiva de produtos florestais, as queimadas, a sobrecarga animal, o uso intensivo do solo e seu manejo inadequado e, por último, o emprego de tecnologias não apropriadas para ecossistemas frágeis. “Com respeito às causas climáticas da degradação, é possível mencionar as recorrentes e prolongadas secas que afetam vários países e que [agravam] ainda mais as consequências derivadas da ação humana”.

Sá explica que nas áreas em processo de desertificação as proporções de pobreza e de indigência estão acima da média nacional. Segundo ele, no Nordeste brasileiro, uma área maior do que o estado do Ceará já foi atingida pela desertificação de forma grave ou muito grave.

“Do mesmo modo, a pobreza e a indigência, geralmente, afetam a população rural em maior proporção do que a população urbana, mesmo que, em números absolutos, haja mais pobres nas cidades. É comum no meio rural que parte dos membros do grupo familiar migrem, temporária ou permanentemente, em busca de atividades de maior produtividade, seja na própria agricultura seja em outros setores”.

Para combater o processo, o MMA tem destinado em torno de R$ 25 milhões a iniciativas de uso sustentável dos recursos naturais. De acordo com o diretor do Departamento de Combate à Desertificação do ministério, Francisco Barreto Campello, para viabilizar a aplicação dos recursos, a pasta viabilizou um conjunto de projetos que promovem a convivência com a semiaridez para o combate à desertificação, visando à segurança alimentar, energética, hídrica e da biodiversidade.

O processo de desertificação não se observa apenas no Semiárido brasileiro. Segundo Campello, o fenômeno está presente em 34,7% da superfície do planeta, em uma área onde vivem cerca de 41,3% da população. Na América Latina, dados da Organização das Nações ?Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) revelam que mais de 516 milhões de hectares são afetados no mundo. Como resultante do processo perdem-se cerca de 24 bilhões de toneladas por ano da camada arável e produtiva do solo, o que afeta de forma negativa a produção agrícola e o desenvolvimento sustentável.

Sobre os efeitos da longa estiagem provocada pelo clima semiárido, José Marengo destacou a iniciativa de Israel como uma experiência de sucesso no convívio com a falta de chuva. “Israel também tem seca, como a do Semiárido brasileiro, mas não tem os mesmos problemas. Há produção [agrícola] o ano todo. Os investimentos do setor privado são muito fortes. Lá eles aprenderam a conviver com a seca. Um país pequeno, [com alto grau de tecnologia] – ideal para ser aplicado no Brasil, como já é usado em Petrolina. Na cidade, há um investimento forte com a agricultura”.

Segundo o pesquisador do Inpe, a região de Sahel, na África também tem um clima semelhante ao do Semiárido brasileiro. Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) mostram que a piora da situação da seca na região do Sahel já afeta 15 milhões de pessoas, incluindo um milhão de crianças, com a escassez de alimentos e o agravamento da desnutrição. De acordo com o Conselho de Segurança da ONU, a presença de grupos terroristas armados, junto com a pobreza crônica e a alta dos preços dos alimentos, torna o problema ainda mais delicado na região africana.

Fonte: www.blogdomarcelo.com.br

Distrito de Aroeira poderá ter readequação do posteamento de rede elétrica da sua entrada principal

O Distrito de Aroeira é a segunda maior localidade rural do município de Mairi. A sua fundação ocorrera por volta de 1943. Somente a partir de 1982 é que a mesma começara a dispor de energia elétrica (antes disso a iluminação era feita por motor e óleo diesel).

De lá para cá, várias foram as extensões de iluminação pública ocorridas na localidade. O problema é que, logo na entrada do Distrito, a rede principal de alta tensão passa por cima de algumas residências.

Pensando nisso e, preocupado com tamanha problemática passada pelos moradores em questão, o Vereador Alan encaminhara à Seinfra, com o apoio e levantamento feito pelo Vereador Roque Nilson, de projeto que visa toda a readequação de postes da entrada principal do Distrito de Aroeira.

Segundo ele, "Além de ficar esteticamente mais bonito, vai possibilitar que os moradores que, a décadas, convivem com tal situação de risco possam, de vez, se livrarem do perigo que estão correndo".

Distrito do Ponto de Mairi poderá ser criado em breve

O Vereador Alan, apresentou na última sessão da Câmara de Vereadores, projeto de lei que autoriza a criação do Distrito do Ponto de Mairi.

Segundo o mesmo, "A micro-região do Ponto de Mairi é a que mais cresce em nosso município, necessitando com isso de implementação de projetos que vislumbre o desenvolvimento local". A elevação à categoria de Distrito poderá facilitá a capitação de recursos que possam vir a ajudar a esse desenvolvimento.

Lembra ainda Alan que Mairi já conta com duas áreas distritais (Angico e Aroeira) e, que a criação de mais uma só vai favorecer o fortalecimento do município.

Durante a sessão, vários Vereadores se pronunciaram favorável á matéria por achá-la importante para Mairi.

O histórico e insolúvel problema da seca no Nordeste

     Nesse momento em que o nordeste brasileiro vivencia a maior seca dos últimos 60 anos, faz –se necessário debater esse fenômeno e suas variáveis  naturais, sociais, econômicas e políticas, descortinando o que seria a relação deficitária do Estado brasileiro ao longo dos tempos no enfrentamento dos problemas causados pela estiagem prolongada.
Até a segunda metade do século XIX não se registrava de maneira significativa quaisquer intervenções estatais nas regiões atingidas pela seca. Cabia tão somente ao “Céu” a solução do problema. O Estado era absolutamente ausente e os sertanejos viviam sob a lei dos coronéis e seus jagunços.  A partir de 1877 aos “trampos e barrancos” tenta-se buscar a solução para o problema, entretanto as respostas que se sucedem até os dias atuais sempre se mostraram ineficazes.
            Até a segunda metade do século XX uma das grandes preocupações dos governos em torno do fenômeno da seca era controlar as invasões de retirantes famintos que assolavam as cidades em busca de trabalho e comida.  Foi assim que o Governo Vargas implementou um programa de criação de campos de concentração no Ceará para “abrigar” os retirantes da seca, sendo que o maior deles foi instalado na cidade do Crato e chegou a abrigar quase 60 mil pessoas.
          O jornal O Povo de 27 de março de 1942 anunciava que Fortaleza começava a ser invadida pelos flagelados da seca e que dificilmente se poderia conter a avalanche humana que movimentava rumo às regiões menos castigadas pela seca. Fenômenos deste tipo provocavam preocupação de comerciantes e das autoridades que desejam a todo custo “limpar as cidades”. Além dos campos de concentração o governo também estimulava a migração dos sertanejos para os seringais amazônicos, considerados terra da fartura.  Ações como distribuição de alimentos, criação de frentes de trabalho, construção de açudes e barragens atravessaram todo o século XX e amenizaram as conseqüências do problema.
           É importante destacar que o Nordeste foi a região onde a colonização portuguesa e seu tripé de sustentação LATIFÚNDIO, MÃO DE OBRA ESCRAVA e MONOCULTURA se firmou de maneira mais eficaz nos primórdios da colonização, provocando o esgotamento do solo, grande concentração de riquezas e uma estrutura fundiária e econômica que condenou o pequeno produtor à eterna dependência do assistencialismo governamental. Todos esses fatores aliados às incessantes agressões à natureza através do desmatamento desenfreado que destruiu o frágil bioma da caatinga transformaram a SECA num drama cada vez mais assustador e ainda explorado por políticos oportunistas, que desenvolvem ações paternalistas de olho no voto do sertanejo. 
            Se no passado os nordestinos não contavam com o apoio dos governos, por outro lado no “tempo certo” poderiam colher os frutos da terra fértil, pescar nos rios de água cristalina e buscar no “céu” as respostas para os dias vindouros. Hoje, certamente a catástrofe seria muito maior não fossem as ações implementadas ao longo dos anos e à atual política de distribuição de renda através do Bolsa Família. Desta forma, no presente não temos levas de famintos invadindo os centros urbanos buscando alimentos, mas temos o colapso no abastecimento de água das cidades e a perda significativa dos rebanhos e das lavouras. Os governos priorizam apenas uma precária “segurança alimentar” e não há ações estruturais efetivas que superem de fato a pobreza, assegurando a sustentabilidade do homem do campo, que continua dependente das chuvas irregulares e das eternas ações paliativas. 

Por Gildazio de Oliveira Alves
Fonte: Blog Expressão Livre

Religiosidade de matriz africana em sala de aula: potencialidades e desafios

O modelo de colonização portuguesa implantado no Brasil, baseado na monocultura e no sistema escravista foi responsável pela transferência para o território luso-brasileiro de grandes levas de escravos que traziam consigo toda uma gama cultural e religiosa oriunda das suas origens em solo africano. Aqui, esses aspectos culturais foram reproduzidos e ressignificados através do contato com outros povos.

Após vários séculos de discriminação, negação, tentativa de ocultar ou ignorar os elementos da cultura afro-brasileira e africana em nossa sociedade, nos deparamos com o feliz desafio de desenvolver uma educação para a diversidade. Sabemos que esta é uma necessidade urgente em nossas escolas, uma vez que o reconhecimento das reivindicações históricas das comunidades afro-brasileiras implica na efetivação de direitos sociais, culturais, econômicos e religiosos. Com relação ao último aspecto temos consciência de que trata-se do mais polêmico a ser abordado na escola, visto que a religião apresenta-se como elemento doutrinário ou inibidor de diferentes experiências no contexto escolar. O cerne da questão pontua-se em apresentar a religião como aspecto cultural, não doutrinário, como uma afirmação profunda dos valores ancestrais.

Sabemos que a escola apresentou e em muitos aspectos ainda vincula uma educação eurocêntrica. No entanto, a implantação da lei 11.645/08 apresenta-se como um aspecto potencializador da discussão e do debate conduzindo à diversidade da prática docente, cabendo aos educadores ligar essas experiências ao cotidiano escolar.
São enormes os desafios de se trabalhar os aspectos religiosos de matriz africana num cenário em que a historiografia ainda prima por negar-lhes um lugar na história e onde, os professores, formados num modelo de história tradicional ainda se empenham em reproduzir o eurocentrismo.

 O Estatuto da Igualdade Racial e a Lei 11.645/08 são conquistas históricas, fruto da luta dos movimentos negros e de outros segmentos sociais de combate ao racismo, que buscam garantir direitos essenciais dos povos negros que foram negados, esquecidos ou distorcidos. Esses marcos legais nos colocam o desafio de proporcionar a reparação de danos psicológicos, materiais, sociais, políticos e educacionais provocados pela herança do escravismo, das políticas de branqueamento e da manutenção histórica de privilégios de alguns grupos.

A democratização da educação no século XX abriu a escola, mas falta o avanço na qualidade e a abertura dos currículos para o conhecimento mais amplo da nossa história. Nos modelos educacionais a história e a cultura afro-brasileira ainda são negadas. É a colonização da mente que persiste através de um discurso com raízes no século XIX, que vem referendando o silencio em relação a história e cultura afro-brasileira. A lei 11.645/08 pretende afirmar o negro como sujeito da história rompendo o silencio do passado, incluindo o conteúdo sobre a cultura africana e afro-descendente no currículo escolar, fomentando a desconstrução do discurso conservador hegemônico. Nesse sentido, somente o conhecimento, a pesquisa, o investimento na formação do professor e a produção de novos materiais didáticos poderão contribuir para um conhecimento da religiosidade e de outros aspectos culturais dos afro-descendentes, uma vez que determinação legal não significa imediata mudança de postura do professor ou do currículo das escolas. É um longo caminho que requer mudanças nos discursos, nos métodos, nas posturas e nos modos de tratar o negro e de analisar o seu passado e o seu presente.

Por Gildazio de Oliveira Alves
Fonte: Blog Expressão Livre


Índios e negros na história de Mairi

São escassas as produções historiográficas acerca do município de Mairi. Existem muitas estórias contadas e algumas escritas sobre as famílias, os costumes, as personalidades consideradas importantes. O que se produziu até o momento, parte apenas do início da povoação branca, os povos indígenas, os negros e suas culturas ainda não foram contemplados. Esse texto é um resumo do Artigo de minha autoria intitulado “Aspectos da historiografia de Mairi frente aos desafios e perspectivas educacionais a partir da Lei 11.645/08” e traz fragmentos das obras “Mairi, sempre Monte Alegre” de Epitácio Pedreira de Cerqueira e “Lágrimas Azuis” de Iraci Pacheco Pedreira, escritos que se encarregam de apresentar os chamados “homens de bem”, os heróis da historia local, fundadores e personalidades importantes.

O elemento indígena na história do sertão surge sempre envolto numa áurea de suposições. Na história de Mairi o cenário não é diferente e o índio perde importância na formação cultural do município. “Embora o município, por certo, tenha sido habitado por indígenas, provavelmente os payayás, não tem a sua população, à exceção da região de Tabua e Aroeira, sinais da descendência”  (PEDREIRA, 1994, p.98)
Monte Alegre em período anterior ao século XIX, e até a segunda metade deste, pertencia a Jacobina, freguesia que nos séculos XVIII e XIX ocupava vasto território com muitas vilas. Segundo Vilhena (1969, p.560) a vila de Jacobina era uma das mais importantes no período, ao lado das vilas de N. S. do Livramento do Rio de Contas, Vila do Urubu de Cima e Vila de São Francisco das Chagas: “Jacobina foi, no século XVIII, um dos maiores municípios da província. Seu primeiro desmembramento ocorreu em 1746, quando se emancipou a freguesia de Urubu de Cima, com sede na atual Paratinga. No século XIX, três novos municípios se emanciparam de Jacobina: Monte Alegre (1857), hoje Mairi, Morro do Chapéu (1864) e Riachão do Jacuípe (1878). (VIEIRA FILHO, 1992, p.21)

Epitácio Cerqueira na obra Mairi sempre Monte Alegre destaca: “A cidade de Mairi surgiu sob o signo da cruz, da Santa Cruz, quando missionava pelos sertões da Bahia, um grupo liderado pelo frei Apolônio de Todi, livres, os sertões do estorvo dos seus primitivos habitantes, a numerosa e temida nação maracá, que se derivara, desde muito, para o sul da capitania, em sua floresta combatida pelo empoboada em recompensa à ingênua hospitalidade do aborígine”. (CERQUEIRA, 2003, p. 30)

Percebe-se que no início do século XIX quando do estabelecimento da fazenda Santa Rosa e da descoberta do monte pelo frei Apolônio de Todi, o território de Mairi já não mais contava com a presença dos Maracás ou Paiaiás, uma presença classificada por Cerqueira como estorvo. Essa é uma das poucas referências ao índio na historiografia de Mairi, os demais relatos sobre o território local não trazem referência ao passado indígena, apenas às missões religiosas e aos “heróis desbravadores” que trouxeram os primeiros sinais de civilização.

. Ainda que se realce a origem branca de Mairi é perceptível a mistura de raças que formou a povoação local. Ao referir-se às origens dos familiares da Fazenda Tabua, hoje situada no município de Várzea da Roça, mas que antes pertencia a Mairi, Pedreira (1994, p.13) destaca: “Há fortes indícios da presença indígena na área, o que demonstram os utensílios ali encontrados e também as características físicas de muitas pessoas da família”. Nesse caso, há o reconhecimento da presença indígena na formação da população local, restando um aprofundamento dessa análise e o reconhecimento do elemento indígena como parte importante na formação da identidade local.

A presença do negro na formação da sociedade local também é negada na história do nosso município, Pedreira (1994, p.97), destaca “Há aqui a predominância de algumas famílias, sendo talvez a Rios a maior delas. Predominam também os brancos. Os negros são minoria e no passado eram quase inexistentes”. Esse breve relato não se sustenta na realidade atual, tampouco nas evidências históricas. Vieira Filho (2006, p.100) destaca que, “A freguesia de Monte Alegre, segundo mapa de 12 de fevereiro de 1856, apresentava uma população de 13.870 pessoas livres e 820 escravizados totalizando 14.690 habitantes, com 5,91% de pessoas submetidas ao cativeiro”. Ao considerarmos o percentual de escravos no período mencionado, já temos uma noção de que a sociedade montealegrense formou-se sobre as bases do regime escravista como forte presença da população negra. Ressalte-se que essa estimativa relaciona apenas a condição da população - livre e escravizada, sem considerar o critério da cor (população branca e negra), tampouco outras variantes, como negros livres, alforriados, etc. Portanto, os negros são minoria ou inexistem no rall dos fundadores e das pessoas consideradas importantes, contudo, é forte a sua presença desde o inicio da povoação do município e no presente pode-se afirmar que o branco é minoria.

O cerne da questão é que ao branco foi historicamente imputada a idéia de civilização e desenvolvimento, estes são lembrados e lançados na lista dos que fizeram a história de Mairi. “São lembrados os imigrantes e suas famílias dos séculos XVII e XIX que permaneceram em Mairi e influenciaram o seu desenvolvimento” (CERQUEIRA, 2003, p.26) Assim são relacionadas as famílias portuguesas Alves Belas e os Moreira, os italianos da família Farani, os Finamori e os Assuit e a tradicional e numerosa família Rios.

É estranhamente peculiar a descrição acerca de alguns personagens negros na obra Lágrimas Azuis “A fazenda Guilé e Feliciano, fazenda Lagoa d’Anta, pertence hoje a meu primo Abelardo. Dessa fazenda lembro também de Luiza e Valério, africanos que foram escravos de Calixto e que lá viviam numa humilde casinha. Eram pretos, carapinha branca, lábios enormes e ingenuidade de crianças. Eram irmãos e contavam deles muitas coisas engraçadas.” (p.50):

Mais adiante a autora destaca “Muitos bons professores passaram por aqui, sendo que o professor Luiz Pedro foi um dos mais cultos e severos. Lecionava durante todo o dia e dizem que, à tarde, cochilava muito. Era preto de lábios enormes”. (p.86) Estes são alguns dos poucos registros da presença negra na história local, com destaque aos atributos físicos e à suposta personalidade excêntrica dos negros, nenhuma correlação com a realidade sócio-econômica ou com as raízes escravistas da sociedade local. Citando os cadernos com anotações de D. Elpidia Oliveira Nunes (Filhinha) a autora destaca: “13 de maio de 1888. Foram livres todos os escravos do Brasil, pela princesa Isabel, regente do Império. Por isso, ela ficou com o nome de “A Redentora”. Houve escravos no Brasil por 339 anos” (p.87). Desta forma, a mesma se distancia do Regime Escravista, ficando Monte Alegre fora de uma análise que considerasse os aspectos sociais políticos e econômicos que o inseriam no regime escravista.

Percebe-se que a história de Mairi é escrita dentro da perspectiva do século XIX, com seus valores e seus ideais de progresso, sem nenhuma perspectiva antropológica, tão comum desde o século passado, uma história que ensinada nas escolas faz perpetuar na educação local a visão eurocêntrica.

Creio ser necessário, “recontar” essa história, vislumbrando novos personagens e lançando “fios de luz” sobre os esquecidos. É preciso inserir a origem de Mairi no projeto colonizador português, que explorou o litoral com o modelo escravista da “indústria açucareira” e adentrou o sertão, escravizando e matando os índios em busca do ouro. Por outro lado, é preciso rever, a imagem de “aborígine” dada ao índio, ou, até mesmo de inocência e passividade. É preciso compreender os povos indígenas e os negros enquanto culturas, com saberes e práticas diferentes que, em contato com o colonizador reagiram das mais diversas maneiras: resistiram, lutaram, guerrearam, integraram-se. Esse deve ser o lugar do índio e do negro na história da nossa sociedade, posição essencial para repensarmos o Brasil enquanto nação heterogênea e que vem ao longo do tempo deixando à margem principalmente os povos indígenas, vitimados constantemente pelo preconceito, pela expropriação de suas terras e pelo descaso dos governos.


Por Gildazio de Oliveira Alves
Fonte: Blog Expressão Livre

Modernidade e Modernismo

A mesma modernidade que gestou o Iluminismo também criou o Socialismo, da mesma fonte de certezas emergiu a vontade de delinear um sentido, um rumo, um futuro para a humanidade. Se o Cristianismo sistematiza a idéia de redenção pela “expiação dos pecados” a modernidade o faz pela crença nos frutos da ciência, na intervenção humana que gera benefícios para todos. O mesmo projeto coletivo, o mesmo sentido escatológico encontra-se no Socialismo e seu ideal de igualdade, ideal que segundo Nietzsche, configura-se um pensar em bloco que torna o homem moderno medíocre, fraco...

Coube ao século XIX imaginar a grande “tragédia do desenvolvimento”. A modernidade do capitalismo, que derruba fronteiras, cria um novo lugar para o indivíduo, o lugar da produção, um lugar definido. O homem passa a ser parte da gigantesca engrenagem da produção em série, do anseio da comercialização e do crescimento do excedente. As máquinas, as ferrovias, os meios de comunicação, os novos bens de consumo, ocorrem em concomitância com as transformações no meio ambiente e com a ânsia de modernização. A modernidade é assim o tempo da efemeridade, da aventura, das “grandes certezas incertas”. O moderno procurou destruir a velha cara da antiguidade e criou o novo dilema – Como eternizar algo onde tudo é passageiro? Assim, o modernismo só poderia falar do eterno ao congelá-lo no tempo. O tempo, o lugar, o sujeito passam a ser objeto dessa “construção destruidora” da aventura modernista, que rompe as barreiras do antigo, que quebra paradigmas na ânsia de uma nova estética, de um novo ideal de homem, de sociedade. As artes percorreram esse íngrime caminho rumo ao século XX, procurando um novo sentido, um novo ideal de criação e recriação.

A euforia da modernidade esbarrou no século XX nos frutos de sua própria criação – a destruição, a eficácia da morte, morte de um sentido, morte do otimismo. As guerras, as bombas atômicas fizeram a modernidade encontrar-se consigo mesma. O “breve século XX” fez, ainda, ruir o “muro da vergonha”, o ideal da separação, da prisão em nome da igualdade. Parafraseando Nietzsche, é realmente melhor contestar sempre do que aceitar em bloco. A moral cristã, o ideal de progresso e de igualdade da modernidade, vislumbraram no século XX o horror das conseqüências de seus empreendimentos. E no presente estamos a procura de um novo sentido.


Por Gildazio de Oliveira Alves
Fonte: Blog Expressão Livre

A trama da redemocratização do Brasil

Analisar o processo de redemocratização do Brasil é um prazeroso exercício em que o resultado aparece permeado de opinião pessoal, por tratar-se de acontecimentos da história contemporânea que muitos de nós pudemos acompanhar, torcendo freneticamente pela vitória da frente democrática encabeçada por Tancredo Neves.

Muitas vezes chegamos a crer que o final do regime militar ocorrera tão somente pelo cansaço que já demonstrava e pela vontade imperiosa da nação brasileira de finalmente trilhar os rumos da democracia, pressupostos que certamente devem ser considerados, mas que estão aquém do ideal. Em que pesem o desgaste do regime havia certamente uma conjuntura internacional apontando para a redemocratização, especialmente com os Estados Unidos reorientando sua política macro-econômica e se lançando como suposto defensor dos direitos humanos. No tocante ao cenário interno, destacam-se o colapso do modelo econômico que atingiu o bolso e a auto-estima dos brasileiros, o crescimento das forças de oposição e o ressurgimento da sociedade civil, que se organizava em sindicatos, pastorais sociais e associações diversas. Nesse processo, os militares compreendiam o caráter irreversível da abertura, mas desejavam controlá-la ao máximo, queriam que fosse “lenta, gradual e segura”.  Assim, num primeiro momento é nos bastidores da política, nos gabinetes de Brasília e nos corredores do Congresso Nacional que serão traçados os rumos do país.

O processo de redemocratização do Brasil não representou qualquer tipo ruptura, foi a seu modo, muito mais uma reacomodação de forças, um jogo de cena, marcado por negociação, pressões, ameaças e corrupção, um embate que num primeiro momento se dá com forças externas, especialmente com os Estados Unidos ainda da década de 70, visto que o Brasil parecia não estar ciente de que o mundo caminhava para uma nova ordem e que as ditaduras latino-americanas perdiam os apoio internacional. A resistência militar à democracia rendeu à oposição interna brasileira o apoio dos EUA. Simultaneamente o modelo econômico dos militares dava sinais de crise. Nesse mesmo período o MDB (Movimento Democrático Brasileiro), única oposição consentida crescia assustadoramente nas eleições parlamentares.  Essas mudanças encontrarão seu ápice nos anos 80, quando os embates ocorrem apenas no sentido de definir quem serão os personagens principais no enredo da democratização. Em 1984 todos os acontecimentos mostravam que o Brasil estava mudando, os impasses se davam em torno do tom dessa mudança, acerca do seu caráter, se lenta, gradual e segura como desejavam os militares ou se através de eleições diretas que se realizarariam naquele mesmo ano.

Pode-se dizer que o grande falha do documentário é a ausência, das vozes de outros personagens como estudantes, professores, intelectuais, artistas e trabalhadores, pessoas que lutaram contra o regime e que nesse momento estavam nas ruas gritando por eleições diretas. 

Aquele era certamente um momento de muitas incertezas, sabendo-se apenas que o país indubitavelmente caminharia para a democracia, mas com possibilidades de retrocesso e sem nenhuma clareza quanto à maneira como se daria esse processo. O grande dilema do momento para a oposição era escolher entre uma saída negociada com os militares e a radicalização na luta pelas eleições diretas. Também os militares tinham seus dilemas, de um lado temiam a suposta ameaça comunista, do outro não tinham como ignorar a força da oposição e das multidões que tomavam as ruas. Com a derrota da Emenda Dante de Oliveira e a conseqüente manutenção das eleições indiretas, o grande problema do grupo governista passou a ser a consolidação de um candidato forte o suficiente e capaz de unir o PDS (Partido Democrático Social) e derrotar Tancredo Neves do PMDB (Partido do Movimento Democrático Brasileiro) no Colégio Eleitoral. Nesse processo, a figura dissonante do candidato Paulo Maluf, provocou uma revoada de lideranças pedessistas rumo à candidatura de Tancredo. Nesse momento a balança pendia para o lado da oposição e esta, tendo como principal interlocutor a figura de Tancredo Neves entendeu que para evitar retrocessos o caminho mais viável seria a composição com o PDS. Assim, a chapa Tancredo – Sarney fora eleita no Colégio Eleitoral e o Brasil teve que aguardar 5 anos para ter finalmente sua primeira eleição direta pós ditadura.

Esse desfecho se não saiu como planejaram os militares também não ocorrera como sonhavam segmentos da esquerda alojados no PMDB e no PT (Partido dos Trabalhadores), este último optando, inclusive por não votar no Colégio Eleitoral ficando fora da festa da oposição. A grosso modo pode-se dizer que a transição lenta, gradual e segura, desejada pelos militares se concretizara, pois como sabemos Tancredo falecera antes da posse e José Sarney, ex-presidente do PDS, político gestado na ditadura assumiu o poder e governou até 1989, quando finalmente se realizaria a 1ª eleição direta pós ditadura.

Por Gildazio de Oliveira Alves
Fonte: Blog Expressão Livre

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Greve Nacional da Educação Pública nos dias 23, 24 e 25 de abril de 2013

Durante o encontro do Conselho Nacional de Entidades, a CNTE - Confederação Nacional dos Trabalhadores e Educação definiu que realizará uma Semana Nacional da Educação em abril de 2013 que será focada na valorização dos profissionais em educação e também agendou uma greve de 3 dias. “Esta semana tradicionalmente se destina ao debate das questões educacionais e terá como prioridade o debate sindical da mobilização, mais um ano que estaremos lutando para que o piso salarial nacional seja efetivamente aplicado no nosso país com uma greve nacional nos dias 23, 24 e 25 de abril”, explica o presidente da CNTE, Roberto Leão.

Confira a programação em Mairi:

Terça-feira, 23 de abril  
Às 8h30min
 Local: Espaço Nordeste
Assembleia geral da ADEM-APLB/Sindicato

Quarta-feira, 24 de abril
Às 9h
Local: Espaço Nordeste
Palestra com o tema: A Saúde do Trabalhador da Educação

Quinta-feira, dia 25 de abril
A definir

Perspectivas eleitorais para 2014‏

2014 será um ano em que o povo brasileiro e baiano renovará ou não seus representantes a nível de Estado e Nação.

Uma eleição pode ser caracterizada, na maioria dos casos, por fatores que afetam diretamente a vida das pessoas; e ai que está o risco ou não da eleição que se aproxima para aqueles que se encontram no poder.

A hegemonia petista, juntamente com a grandiosa aliança, feita lá atrás pelo Presidente Lula e, mantida por Dilma Roussef parece até então imbatível. Num país em que os partidos representam muito mais os interesses das "Oligarquias Estaduais", que propriamente o povo como um todo, o atual sistema de distribuição de Ministérios e Autarquias, imposto pelo PT, desde a sua chegada ao poder em 2003, não demonstra que irá ruir.

Todavia, fatos momentâneos já derrubaram muitos governos. Vale ressaltar, que no último pleito eleitoral para presidente, a Presidenta Dilma abocanhou 90% da frente sobre José Serra, somente no nordesde brasileiro. Justo esse mesmo nordeste que vê seu povo perder a esperança, seu comércio desaquecer e sua economia arruinar por conta de um estiagem que parece não mais ter fim. Enquanto isso, o governo não deu uma resposta imediata a tamanha situação. E, o pior é que o povo nordestino tá começando a perceber isso!

Entretanto, a oposição à presidenciável em questão está totalmente desarticulada. Nomes como Serra e o própio Aécio não se mostram como carismáticos a chegarem ao Planalto. Nos últimos dias a impresna sulista rasga de elogios o Governador de Pernambuco, Eduardo Campos e, o coloca como ameaça real aos planos do PT e aliados. Além disso, Marina Silva e Heloísa Helena se mostram como alternativas ao país.

A história nos referenda que grandes gigantes costumam cair frentes à nomes pouco "badalados". Fernando Collor chegara à presidência em 1989 diante a uma disputa em que seu nome, inicialmente, não tinha muitas chances de êxito.

A nível estadual, o governo petista, liderado pelo Governador Wagner, a cada dia tenta se articular para manter a aliança que o reelegeu em 2010. O problema agora é que os petistas não dispõem de nomes que dispertem a unanimidade dentro da coalizão. Muito pelo contrário; figuras como Otto Alencar e Lídice da Mata, além do Presidente da Assembléia, Marcelo Nilo, surgem como ameaças a um nome petista à "cabeça de chapa", no próximo ano. Nos parece que mesmo em disputa interna, aquele que vislumbra com maior brilho dentro do ninho petista é o atual chefe da Casa Civil do governo, o Deputado licenciado Rui Costa.

No caminho da oposição não vejo nomes agora que possam desfrutar de aceitação popular para tentar desbancar o Governador e seu rol de alianças. Geddel Vieira Lima e ACM Neto são candidatos natos, mas com poucas chances de atrair aliados à seus projetos de Estado. Penso, como já mencionei anteriormente que, no caminho da oposição baiana, a vitória só se concretizará em 2014, com um candidato que saia do governo atual, criando uma fissura por lá, (e ai vejo, Otto Alencar como possível Governador), ou com um nome NOVO que nunca tenha disputado eleições e, que possa cair nas graças da população.

Não dessa forma, o PT que recentemente trouxe para seus braços o ex-senador César Borges, figura bem conceituada tanto nacionalmente com no próprio Estado, ganhará de novo aqui na Bahia como pois no Brasil.

sábado, 13 de abril de 2013

Vereador Alan participa do encontro de vereadores e vereadoras em Baixa Grande

O vereador Alan, do município de Mairi, participou do encontro estadual de vereadores e vereadoras, na cidade de Baixa Grande, organizado pelo Mandato da deputada estadual Neusa Cadore (PT).

O evento teve início nesta sexta-feira, 12 de abril de 2013, no Centro de Treinamento de Líderes, com o tema “A força da gente transforma o Brasil”, onde reuniu representantes do legislativo de 23 municípios do estado. A atividade continua neste sábado (13).
O Secretário Estadual de Comunicação Robinson Almeida, o deputado federal Afonso Florence, o prefeito Pedro Lima de Baixa Grande, o prefeito Eliezer Costa de Quixabeira e o vereador e líder da oposição em Salvador, Gilmar Santiago (PT), marcaram presença.

A programação está sendo focada na formação técnica das funções do legislativo, além de troca de experiências, articulações regionais e informações sobre os programas governamentais.

domingo, 7 de abril de 2013

Fome: Um flagelo que já começa a surgir no município de Mairi e região

O nordeste brasileiro vivencia uma das mais danosas estiagens dos últimos tempos. A falta de chuvas afetara diretamente a criação de rebanhos como pois a produção de alimentos.

O nosso município, como os demais da micro-região, passara a enfrentar problemas de natureza antes nunca pensada. O nosso comércio está arrasado; não se vende mais quase nada. As pessoas estão indo embora para os grandes centros. O campo está em processo de despovoamento.

Os poucos agros-pecuaristas que resistem estão quase que exauridos. Vendo seu rebanho perecer, os "entregam", quando acham compradores, a preços irrisórios. O governo que nos prometera tudo, no início da estiagem, lá pelo mês 10 (dez) de 2011 parece ainda sonolento e ineficaz com tamanha problemática que, a passos largos, vai dizimando a economia dos pequenos municípios do interior nordestino.

Nos últimos meses, o governo se alentou para distribuição de água ás comunidades atingidas. Agora a situação se agrava de vez. Se não houver, por parte das prefeituras e governos federal e estadual, um programa efetivo de distribuição de alimentos, às poucas pessoas que ainda resistem à convivência no semi-árido vão ter problemas reais de aquisição dos mesmos.

Há, segundo o Vereador Alan, uma urgência em alimentar parte da população mairiense atingida pela seca. Nos distritos, povoados, fazendas e até mesmo nos bairros periféricos da nossa cidade existem famílias inteiras não tendo mais renda para se alimentar.

É necessário que, nesse momento em que o município não está abastecendo o campo com carros-pipa, uma vez que o exército está por fazer, que o mesmo desenvolva um programa de distribuição de comida para aqueles que estão passando por tamanha dificuldade.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Estradas vicinais do município de Mairi estão pedindo socorro.


O município de Mairi tem cerca de 1.200 km de estradas vicinais. Todas elas servem diariamente para o transporte de passageiros, alunos e cargas. As principais são as que ligam a sede aos distritos de Angico e Aroeira e aos povoados de Boa Paz, Barretos, Manguinhas, Lajes, Bonsucesso, Alagoinhas e Uruçú.

A última vez que as mesmas foram feitas ocorreu por volta de setembro de 2012. De lá pra cá é só sofrimento por quem trafega por elas. Em alguns trechos, já está impossibilitado o acesso pela falta de manutenção.
Nas últimas sessões da Câmara de Vereadores, muitos Edis se pronunciaram a respeito do péssimo estado das estradas do município, a exemplo dos vereadores Alan, Luís e Dr. Tadeu.

"Enquanto os outros municípios da região estão fazendo as suas estradas, Mairi usa do argumento de está com parte do maquinário quebrado para não fazê-las", relata o vereador Alan. Ainda segundo o mesmo, a Prefeitura teve os três primeiros meses para recuperar essas máquinas e não fez. Poderia então alugar outras para fazer e, também não fez.

Muitos motoristas, até mesmo os que prestam serviço para a Prefeitura já estão quase que perdendo a paciência, uma vez  que não tem carro que suporte tamanha situação.

Espera-se que essa situação possa ser regularizada o quanto antes para o bem daqueles que utilizam diariamente as nossas estradas vicinais até porque, os municípios vizinhos já fizeram ou estão fazendo a sua responsabilidade, restando apenas que façamos a nossa parte.